Do Globo
Sete meses após ser libertada pela guerrilha colombiana, Ingrid Betancourt voltou à berlinda. Desta vez, de forma negativa. Três americanos que foram reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) publicaram o livro "Out of Captivity" (Fora do cativeiro) em que acusam a célebre prisoneira franco-colombiana de furtar comida dos companheiros no cativeiro que eles dividiam.
Os autores da obra - Marc Gonsalves, Keith Stansell e Tom Howes - descrevem Ingrid como "dominadora", "traidora" e "egoísta". Após cinco anos de cativeiro, os três foram soltos na mesma operação que devolveu Ingrid à liberdade.
- Eu não quero atacá-la, mas a verdade é muito cruel - disse Stansell ao "New York Times".
Os empreiteiros americanos foram capturados por guerrilheiros depois que o avião em que estavam caiu na selva colombiana. Segundo eles, Ingrid dizia às Farc que os três poderiam ser agentes da CIA (agência de inteligência americana).
O livro mostra uma Ingrid que se sentia no topo da hierarquia dos reféns e que determinava até o horário para o banho dos prisioneiros. A franco-colombiana acumulava roupas usadas e material para escrever que deveriam ser dados a outros reféns, além de sonegar informações que ela capturava de um rádio que ela mantinha escondido, contam os autores. Stansell se refere a Ingrid como uma "princesa arrogante" que "pensa que as Farc construíram um castelo só para ela".
Ingrid não comentou sobre o conteúdo da obra, lançada na quinta-feira em Nova York.
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