Pesquisa da consultoria Deloitte e levantamento do New York Times apontam o desgaste do modelo de transmissão televisiva que se observa, tanto aqui quanto nos EUA:
NYT, matéria de Tim Arango publicada na Folha de S. Paulo de sábado:
Os índices de audiências das redes de TV aberta continuam a cair. Para as redes, a crise é dupla: cultural e financeira. O que isso representa para os telespectadores é um número maior de reality shows, programas de entrevista, esportes e telejornais de baixo custo. No quarto trimestre de 2008, a receita operacional de seu segmento TV da CBS caiu 40%, ainda que ela fosse de longe a rede mais assistida. A News Corp., que controla a Fox, reportou receita operacional de US$ 18 milhões em sua divisão de TV aberta, ante US$ 245 milhões em 2007.
E as operações de TV aberta da Disney registraram queda de 60% em sua receita operacional. No quarto trimestre, o custo médio de um comercial de 30 segundos no horário nobre caiu 15%, para US$ 122 mil. Jeff Zucker, que comanda a NBC Universal, vem sendo um dos mais pessimistas e afirma que "a TV aberta está em um momento de séria transição e, se não tentarmos mudar o modelo agora, estaremos em perigo de nos transformarmos na indústria automobilística". Nos três meses finais de 2008, as redes de TV aberta perderam 3 milhões de telespectadores, ou 7% de sua audiência total.
No Brasil:
Segundo pesquisa recente da empresa de consultoria Deloitte, 63% dos brasileiros costumam desenvolver outras atividades enquanto estão em frente da TV. Desses 44% navegam em sites, 38% leem e 33% falam ao celular\telefone, em frente da programação televisiva. Apenas 37% dos entrevistados falaram que não fazem mais nada enquanto assistem a TV. Batizado O Futuro da Mídia, o estudo ouviu 1.002 pessoas com idade entre 14 e 75 anos.
Publicado por Thyago Mathias
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