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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pedetistas lideram em Niterói e São Gonçalo

O IBPS, Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, divulgou pesquisas sobre a disputa eleitoral em dois municípios vizinhos, na região metropolitana do Rio.

Em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do Estado, a prefeita candidata à reeleição Aparecida Panisset (PDT), com 43% das preferências, mantém-se à frente de Graça Matos (PMDB) e Altineu Côrtes, empatados na segunda colocação, com 17% cada um, de acordo com os números divulgados nesta terça-feira (30).

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Candidatos exigem auditoria no Ibope, que responde a acusações de Gabeira

A diferença entre as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas no sábado (27) sobre a corrida eleitoral no Rio, elevou os ânimos dos candidatos Fernando Gabeira (PV), que estuda medidas para processar o Ibope, Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (PT), que aderiram ao pedido do prefeito Cesar Maia para realização de uma auditoria dos institutos.

"Estamos reunindo documentos e contratos que o PMDB tem com o Ibope, para mostrar depois das eleições. Em todas as cidades do Rio onde o PMDB concorre, ele contratou o Ibope para fazer suas pesquisas internas. Por isso, quando o Ibope divulgar uma pesquisa de intenção de voto nessas cidades, deveria dizer 'estamos publicando essa pesquisa, mas temos contrato com o PMDB também', para deixar mais claro o jogo", comentou Gabeira, durante ato de campanha, no domingo (28).

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Distribuição ilegal de revista provoca guerra religiosa em Macaé

A Polícia Federal recolheu cópias de um artigo da revista "Somos Assim", no qual o prefeito candidato à reeleição em Macaé, Riverton Mussi (PMDB), promete fazer da cidade a "capital do petróleo e do candomblé". A apreensão foi feita na sexta-feira (26), em Cabo Frio e em Campos a pedido da juíza Clarice de Mota e Fontes, da 254ª Zona Eleitoral.

Lamento que meus adversários se utilizem de agressões e mentiras. Sempre procurei governar para todos, respeito todas as religiões. Porém defendo o princípio constitucional do Estado Laico", alegou Riverton, por meio de nota.

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Candidatos querem acabar com aprovação automática nas escolas

As notas obtidas pela cidade do Rio de Janeiro este ano no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) não ultrapassaram 5, em um índice de 0 a 10. Para os candidatos que concorrem à prefeitura, o vilão da história é o sistema de aprovação automática, definido em abril do ano passado pela Resolução 946, derrubada na Câmara, mas incorporada nas escolas. Com exceção de Solange Amaral (DEM), todos os prefeituráveis prometem acabar com o sistema.

Em relação a outras capitais, a cidade alcançou um resultado menor do que Curitiba e Belo Horizonte, para a 4ª série, e menor do que São Paulo, para a 8ª série, consideradas apenas as escolas administradas pela prefeitura.

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domingo, 28 de setembro de 2008

“A fronteira da alvorada” ou a França no divã?

O diretor Phillipe Garrel pesou a mão neste filme tão cheio de cortes abruptos, tão démodé nas transições de cena, tão preto e branco, tão francês...

“A fronteira da alvorada” (La frontière de l'aube, França, 2008) parece perdido no tempo em que os manicômios ainda usavam choques elétricos sem culpa. O abuso de maneirismos surrealistas – que completam o quadro de tentativa de reprodução da vanguarda francesa – em vez de chocar ou levar a platéia à reflexão ou à catarse provoca risos. Foi triste ouvir no cinema as vaias e os risos de quem achou patético aquilo que se pretendia trágico.

O filme não é ruim, mas também não envolve. Louis Garrel, o galã jovem da intelectualidade francesa, que tem excelentes trabalhos no currículo, e as duas boas atrizes que contracenam com ele, Laura Smet e Clementine Poidatz, são chamarizes que não compensam metade do ingresso. Metade, porque é assim o resultado, no meio: nem ruim, nem bom. O problema é que tampouco seja diferente.

Toda a obra tem um quê nitidamente intencional de déjá vu. Parece resultado de um saudosismo que, ao menos, foi eficiente em retratar a carência humana.É a carência existencial de quem tem tudo ou, ainda, a carência do desejo de ser amado que fundamenta a trama. Trata-se de relações de carência e desejo e de saciedade e insatisfação, que, psicologicamente só pode ter fim com a morte. É, pois, justamente na obsessão neurótica, que surge a partir dessas relações e que abre espaço para inserções tendentes ao surrealismo, que o filme parece mais francês. Por isso, merece parabéns por ser autêntico ao revelar o que tantas outras produções conterrâneas já mostraram: que a França, talvez junto com a Alemanha, encontra-se dependente demais do divã.

sábado, 27 de setembro de 2008

Crescimento de Fernando Gabeira embaralha disputa no Rio

Datafolha e Ibope divulgaram novas pesquisas sobre as intenções de voto para a Prefeitura do Rio, neste sábado (27), que embolaram a disputa no município. Embora haja diferenças entre os resultados, os dois institutos apontaram um crescimento de 4% para Fernando Gabeira (PV), que ultrapassou Jandira Feghali (PC do B).

Segundo os institutos, a disparidade em alguns números atribui-se a diferenças metodológicas. O Datafolha faz pesquisa em pontos de grande movimento, nas ruas, enquanto o Ibope realiza um levantamento domiciliar.

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Chico Alencar quer impugnação de Solange por suposto abuso

O candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Chico Alencar, disse ter entrado na tarde desta sexta-feira (26) com uma representação contra a candidatura de Solange Amaral (DEM) no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em que pede a cassação do registro da democrata, por abuso do poder econômico e político e coerção de servidores públicos.

Segundo Alencar, na noite de quarta-feira, Solange e o prefeito Cesar Maia promoveram uma reunião com cerca de 250 servidores municipais, no Tijuca Tênis Clube. Além da presença de professores e diretores com cargos comissionados em escolas e creches, o evento teria contado com cinco ônibus alugados para transporte dos servidores.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Festival do Rio 2008: Questões globais



Também é possível percorrer os principais debates do mundo contemporâneo, especialmente nas relações internacionais, nos mais de 300 filmes que serão exibidos no Festival do Rio de cinema, entre 25 de setembro e 09 de outubro.
Confira uma pequena seleção temática (em ordem alfabética) e se programe:

Sobre crime organizado e violência na A.L.:
O Veneno e o Antídoto: Uma Visão da Violência na Colômbia
Nos últimos 10 anos, a Colômbia se tornou uma referência em políticas de segurança pública na área urbana. O país, entretanto, ainda vive um intenso conflito armado, deflagrado há mais de 40 anos. A tranqüilidade aparente dos dois principais centros urbanos colombianos contrasta com os enfrentamentos no interior do país. Nas pequenas cidades e no campo, os paramilitares, a guerrilha e as forças governamentais travam uma sangrenta disputa por território. Neste contexto, quais são as estratégias possíveis para encontrar um caminho rumo à paz, à justiça e à reconciliação?
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Questões de segurança humana na África:
A milicia de Camarões
Em 2000, o presidente de Camarões criou a Unidade de Comando Operacional, um grupo de choque destinado a frear o banditismo da região de Douala. O resultado foi o assassinato ou desaparecimento de 1.600 pessoas em apenas um ano, numa explosão de violência e brutalidade. Entre o desejo de justiça e as pressões das autoridades para que os crimes sejam apagados da memória coletiva, as famílias continuam a brigar para desmascarar os assassinos dos seus maridos, filhos e irmãos e obter alguma explicação oficial. Enquanto isso, os responsáveis pelo genocídio permanecem soltos e o caso se arrasta na justiça.
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Tráfico de pessoas e turismo sexual:
Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado
Cerca de 900 mil pessoas por ano são traficadas pelas fronteiras internacionais exclusivamente para fins de exploração sexual. Entretanto, apesar de todos os perigos, jovens mulheres brasileiras, ao entrar no mundo do turismo sexual, acreditam que vão mudar de vida e sonham com o seu príncipe encantado. Uma minoria consegue encontrar um grande amor e casar. O filme vai do Nordeste brasileiro a Berlim buscando entender os imaginários sexuais, raciais e de poder das jovens cinderelas do sul e dos lobos do norte.
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Crime organizado: máfia, tráfico de drogas e de armas leves:

Filho de peixe...
A província Noroeste do Paquistão sempre teve na manufatura artesanal de armas sua principal indústria. Niaz Afridi, de onze anos, trabalha com seu pai Sher Alam, antigo guerreiro Mujahadin, como aprendiz na fabricação e teste de armas. Tudo o que Sher Alam deseja é que o filho siga a tradição e assuma o negócio familiar. Mas o menino não se interessa pela profissão e quer estudar. Sher Alam se opõe veementemente à idéia mesmo contra os conselhos de vizinhos e familiares, e os dois entram em conflito. A situação se agrava quando um menino do lugar é atingido por uma bala perdida. Exibido no Festival de Berlim em 2008.
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Gomorra
Toto tem treze anos e trabalha como mensageiro de um grupo de traficantes de drogas e armas. Pasquale, alfaiate contratado secretamente por chineses para formar operários, descobre subitamente que sua vida corre perigo. Don Ciro é responsável por levar dinheiro a famílias cujos membros estão presos ou mortos. Como eles, outros tantos habitantes de Nápoles e da região da Campanha têm suas vidas regidas pela Camorra, a tradicional máfia local que alimenta uma espiral de violência sem fim. Baseado no best-seller de Roberto Saviano. Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2008.
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Ocupação do Iraque e guerrilhas:
Depois da Queda de Bagdá
Mesmo com todo o sofrimento causado pelas restrições do regime de Saddam Hussein, a família de Kasim Abid conseguiu manter-se junta. Após a queda do ditador, Kasim, que vive na Inglaterra, volta ao Iraque para documentar os momentos de celebração de seus parentes. Com o passar dos meses, no entanto, a esperança transforma-se em desapontamento, culminando em desespero. Através do enfoque da história da própria familia, o diretor leva o espectador a entender como a guerra vai debilitando as pessoas e destruindo os seus sonhos.
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Uma Guerrilheira Curda
Nuriye Kesbir tem quarenta anos e, desde que aos doze recusou entregar-se a um casamento arranjado, luta pelos direitos das mulheres. Líder guerrilheira do PKK, movimento de resistência do povo curdo, dirigiu-se à Holanda em 2001 para encontrar um grupo de militantes, mas foi detida e levada à prisão sob ameça de extradição para a Turquia. Quando é enfim libertada, retorna à guerrilha nas montanhas iraquianas, onde seu codinome de guerra, Sozdar, que significa ?aquela que cumpre sua promessa?, guarda o real sentido de sua vida. Melhor Documentário no Festival do Arizona 2008.
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Globalização e direitos humanos:
Dupla exposição: palestinos no Reino Unido
Oito anos após a explosão da Segunda Intifada na Palestina em 2000, o cenário político e geográfico regional encontra-se radicalmente mudado. Rodado entre Londres, Jerusalém e Ramallah, o documentário acompanha de forma íntima as histórias de uma geração de palestinos que se sentem deslocados tanto fora quanto dentro de seu território de origem. Jovens que se exilaram voluntariamente na Inglaterra, embora não reconheçam o país como lar, e que ao mesmo tempo lutam para manter os laços com a terra natal, em contínua transformação.
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Festival do Rio 2008: Cultura Islâmica


De 25 de setembro a 09 de outubro, mais de 300 filmes serão exibidos no Festival do Rio de cinema. Embora não haja uma mostra específica para o mundo islâmico, ele estará presente em francês, inglês, turco, farsi e, lógico, árabe, nos títulos selecionados aqui (em ordem alfabética).

Aproveite e se programe!



Caos
Em Choubra, vizinhança cosmopolita do Cairo, a lei é ditada por Hatem, policial corrupto que é temido e odiado pela população. Para ele, qualquer manifestação é sinônimo de desrespeito à autoridade, em nome da qual ele executa prisões arbitrárias e tortura prisioneiros, sem respeito algum pela lei. A única que ousa afrontá-lo é Nour, moça pela qual o oficial nutre um desejo secreto. Mas Nour está apaixonada por Cherif, o íntegro e brilhante substituto do promotor. Louco de ciúmes, Hatem faz de tudo para impedir o romance. Ele passa a assediar Nour e torna a vida dela um inferno.
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Cavalo de Duas Pernas
No Afeganistão, Mirvais, adolescente pobre que mora dentro de uma tubulação de esgoto, aceita um emprego incomum: transportar nas costas um menino que perdeu as pernas na guerra. Não demora muito para que o garoto aleijado aproveite de Mirvais, utilizando o rapaz para outras tarefas e tratando-o de forma humilhante e abusiva.
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Depois da guerra, a guerra continua
No verão de 2006, durante os 33 dias de guerra impostos por Israel ao Líbano, o diretor Samir Abdallah viaja a Beirute acompanhando uma missão humanitária internacional. Ele encontra amigos jornalistas libaneses que lançam um novo jornal durante a ocupação. Após o cessar-fogo, ele acompanha uma reportagem para investigar o uso de bombas cluster, lançadas pelo exército israelense no sul do país nos últimos dias da guerra. Para além da destruição e do cheiro de morte, o que mais o impressiona é a formidável energia e vontade de viver de um povo forte e orgulhoso.
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Filho de peixe...
A província Noroeste do Paquistão sempre teve na manufatura artesanal de armas sua principal indústria. Niaz Afridi, de onze anos, trabalha com seu pai Sher Alam, antigo guerreiro Mujahadin, como aprendiz na fabricação e teste de armas. Tudo o que Sher Alam deseja é que o filho siga a tradição e assuma o negócio familiar. Mas o menino não se interessa pela profissão e quer estudar. Sher Alam se opõe veementemente à idéia mesmo contra os conselhos de vizinhos e familiares, e os dois entram em conflito. A situação se agrava quando um menino do lugar é atingido por uma bala perdida. Exibido no Festival de Berlim em 2008.
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Meu Marlon é Brando
Ayça é atriz e mora em Istambul. Ela conhece o ator curdo Hama Ali no set de um filme na Turquia e os dois se apaixonam. Ao terminarem as filmagens, Hama volta para sua casa no norte do Iraque. Os dois continuam o relacionamento à distância. Porém, com o ataque americano ao país, freqüentemente o correio pára de funcionar e as linhas telefônicas são cortadas. Não suportando a distância entre eles, Aiça decide viajar para o país de seu amado, mesmo correndo todos os riscos de cruzar uma nação em guerra. Baseado na história real dos dois atores, o filme ganhou o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Tribeca de 2008.
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Mortas por Honra
"Na sociedade tradicional palestina, uma mulher que comete adultério desonra sua família e deve ser punida com a morte. Acompanhamos a história de quatro mulheres ligadas a essas ?mortes por honra?: a primeira, erroneamente acusada de desonra, foi assassinada; a segunda, obrigada por seus irmãos a engolir veneno; a terceira sobreviveu a sucessivas punhaladas do irmão; e a quarta é uma cantora de hip-hop que, por ousar expor esta questão, enfrenta diversas ameaças de morte. Estas histórias pessoais são o retrato de uma triste realidade que a sociedade árabe insiste em esconder."
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O livro das férias
Mustafa, ambicioso agricultor que vive numa pequena cidade da Turquia, é frio e austero com a família. Sua mulher, Güler, desconfia que ele tem uma amante e seus filhos vivem preocupados com suas questões pessoais. O mais velho deseja largar a escola militar e o mais novo passa o tempo tentando vender chicletes e se livrar das implicâncias no colégio. Quando Mustafa sofre uma hemorragia cerebral e entra em coma, seu irmão Hassan, que nunca manteve grandes laços com a família, é obrigado a se aproximar de Güler e dos meninos para resolver as pendências deixadas pelo irmão.
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O prêmio
Mohammad tem doze anos, estuda numa classe só de meninos e acabou de vencer uma competição interescolar de redação. Para receber o prêmio, ele deve comparecer a uma cerimônia vestindo sua melhor roupa. Trajando terno de linho branco, o menino é levado pelo pai, contra sua vontade, para trabalhar numa loja de tapetes a fim de substituir o primo que se demitiu sumariamente. O patrão explora a sua gentileza e obediência, atrapalhando seu caminho. Uma série de incidentes faz com que Mohammad tenha que correr contra o tempo para chegar à cerimônia.
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O sal desse mar
Soraya, jovem de 28 anos nascida e criada em Nova York, decide voltar para a Palestina, país do qual sua família foi deportada em 1948. Chegando lá, ela tenta recuperar as economias dos avós, congeladas num banco, mas é mal-sucedida. Soraya então conhece Emad, jovem com um desejo contrário ao seu: deixar o país para nunca mais voltar. Para conquistar sua liberdade e escapar das amarras inerentes à situação palestina, os dois irão juntos resolver seus problemas por conta própria. Mesmo que para isso seja necessário desrespeitar a lei. Exibido no Festival de Cannes de 2008.
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Refugiados para sempre
Shafiq Shmaissi, Nagi Merhi e Fatima Fatayer são três palestinos da mesma geração, com profissões e vivências diferentes. O que os une é a condição de vida: eles estão refugiados na cidade de Tyr, no sul do Líbano. Sua situação não é muito diferente do também refugiado Jaber Abu Hawash, um ativista de direitos humanos que trabalha com palestinos na região. Acompanhamos a luta dessas pessoas em seu cotidiano, as motivações e o sofrimento, a dificuldade de se comunicarem com seus parentes na Alemanha e, principalmente, a eterna espera para que possam um dia voltar à Palestina.
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Uma petição para Alá
Fathi é um homem de sessenta anos que sofre de uma doença incurável. Vendo a morte se aproximar, ele decide voltar a seu vilarejo natal depois de vinte anos. Lá, espera encontrar sua mulher e pedir perdão por tudo que fez. Segundo um hadith (ditado) do profeta Mohammad, se quarenta fiéis testemunharem a demonstração de sinceridade de uma pessoa, Deus perdoará seus pecados após ela morrer. A mulher de Fathi está destinada a ser a primeira testemunha, mas, para isso, ela terá que acreditar na honestidade do ex-marido.
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Projeções apontam ascensão do PT do B e queda do PR na Câmara do Rio

O PR será aquele que mais perderá representatividade na Câmara Municipal do Rio, se as urnas confirmarem os números antecipados pelo prefeito Cesar Maia, nesta terça-feira (23), em seu Ex-Blog. Embora o presidente do IBPS, Geraldo Tadeu Moreira Monteiro, tenha adiantado, em entrevista ao UOL Eleições, apenas o quociente de eleitores indecisos da projeção a ser divulgada pelo Instituto na próxima semana, integrantes da equipe do pesquisador confirmaram que os resultados serão iguais aos calculados pelo prefeito.

Segundo os números apontados por Maia, o PR deve eleger apenas metade dos quatro vereadores que tem hoje. Na outra ponta, o PT do B pode ver sua bancada se multiplicar e passar de um para três ou quatro legisladores. O PT e o PC do B, que hoje têm apenas um representante cada, também devem crescer e eleger de dois a três candidatos. Com um vereador, o PTC pode eleger mais outro, na coligação com o PMN.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mesmo com tropas na Baixada, traficantes intimidam candidatos nas zonas norte e oeste do Rio

A ocupação militar de áreas ameaçadas pelo tráfico e por milícias prosseguiu rumo à Baixada Fluminense, nessa quarta-feira (24). Nas zonas oeste e norte do Rio, porém, a presença ostensiva de traficantes armados pegou de surpresa as campanhas de Jandira Feghali (PCdoB) e Marcelo Crivella (PRB).

Durante carreata pela favela do Fumacê e pela Vila Vintém, cinegrafistas que registravam imagens para o programa de TV da comunista correram ao se deparar com grupos de homens armados com fuzis. A candidata confirmou ter observado a presença de traficantes, mas negou que pediu autorização para entrar nas comunidades.

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Paes não é único candidato a trocar de partido no Rio

Chamado de "Eduardinho pula-pula" por Chico Alencar (PSOL) e criticado pelos demais adversários devido às seis mudanças partidárias feitas ao longo de 15 anos de trajetória política, Eduardo Paes (PMDB) não é o único candidato à Prefeitura do Rio a concorrer por uma legenda diferente daquela em que exerceu o primeiro cargo eletivo.

O Partido Verde (PV) é a origem comum de três candidatos: Paes, Solange Amaral, hoje no DEM, e Fernando Gabeira, que se juntou novamente aos verdes após uma passagem pelo PT. Paes e Solange eram filiados ao PV quando foram nomeados subprefeitos, no primeiro mandato de Cesar Maia, entre 1993 e 1996. Os dois mudaram para o antigo PFL, Partido da Frente Liberal, depois rebatizado de Democratas, em 1995. Em 1999, os dois se filiaram ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e, em 2001, voltaram ao PFL. A partir daí, seguiram caminhos distintos: Solange permaneceu no partido do prefeito Cesar Maia e Paes ainda passou quatro anos no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de 2003 a 2007, antes de ir para o PMDB e declarar oposição a Maia.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pela primeira vez, debate reúne principais candidatos à Prefeitura do Rio

Eduardo Paes (PMDB), Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PC do B), Fernando Gabeira (PV), Solange Amaral (DEM), Alessandro Molon (PT), Chico Alencar (PSOL) e Paulo Ramos (PDT) participaram juntos, pela primeira vez nesta campanha eleitoral, de um debate online promovido pelo Jornal do Brasil, na manhã desta quarta-feira (24).

O evento chegou a ser suspenso por decisão do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) que atendeu, na terça-feira (23), a uma ação do PT do B para que os candidatos de todos os partidos com representação no Congresso Nacional fossem convidados. Para cumprir a exigência, os organizadores incluíram a participação dos candidatos do PT do B, Vinícius Cordeiro, e do PSC, Filipe Pereira.

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Baseadas no apelo popular, escolas de samba no Rio querem eleger seus representantes

As 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro apresentaram, nessa segunda-feira (22), na Cidade do Samba, os enredos para o carnaval 2009. Embora nenhum candidato a prefeito estivesse presente, a festa reuniu personagens capazes de decidir as eleições na Baixada Fluminense e de representar um problema para o novo prefeito do Rio nos dois primeiros meses de mandato.

Presidente da agremiação bicampeã do carnaval carioca, Beija-Flor, o prefeito de Nilópolis, Farid Abraão David (PP), tenta eleger o sobrinho, Sérgio Sessim (PP), como seu substituto. Embora nunca tenha ocupado um cargo eletivo, Sessim lidera as pesquisas no município, com 30% das intenções de voto, contra 21% do ex-prefeito Neca (PMDB), apoiado pelo governador.

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No Rio, contrato entre Prefeitura e Liga das escolas de samba gera polêmica entre os candidatos

Na noite de segunda-feira (22), as 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro apresentaram, na Cidade do Samba, os enredos para o carnaval 2009. Não havia nenhum candidato a prefeito presente. No entanto, a questão Prefeitura/Liesa, Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, será uma das primeiras a ser resolvida pelo novo prefeito da cidade.

Recentemente, o atual prefeito, Cesar Maia (DEM), disse que só renova o contrato com a Liesa, que faz a gestão do carnaval, sob concessão da Prefeitura, se os candidatos não se opuserem. Alguns candidatos já expuseram seus posicionamentos quanto ao tema.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Passado em vídeo compromete imagem de candidatos à Prefeitura do Rio

Somente no dia 9 de setembro a propaganda nas páginas dos partidos políticos foi liberada, com uma alteração do capítulo IV da Resolução 22.718/2008, que dispõe sobre a campanha online. Enquanto o TSE, Tribunal Superior Eleitoral, ainda se aprimora em relação à regulação da campanha na internet, o espaço virtualmente sem lei transformou-se em território livre para ataques contra candidatos.

O atual prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (DEM), estreou neste sábado (20) as primeiras edições de fim de semana do "Ex-Blog" que veicula, diariamente, por e-mail. Por mais que esses "especiais" do informativo, que Maia prometeu veicular até o dia das eleições, não tenham ido muito além de "pitacos sobre os programas eleitorais a prefeito do Rio", o Ex-Blog deu visibilidade a outro fenômeno da campanha na internet: vídeos que registram fatos constrangedores para os candidatos, em sites de compartilhamento de vídeos.

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Assista alguns dos vídeos:





domingo, 21 de setembro de 2008

"Nepotista", "mentiroso" e "açougueiro" é como Sérgio Cabral classifica adversários da Baixada

Críticas pesadas e provocações marcaram a campanha pelas prefeituras da Baixada Fluminense nesse sábado (20). Até então discreto na promoção de seus candidatos, o governador Sérgio Cabral (PMDB) partiu para o ataque contra adversários, diante da possibilidade de derrota apontada pelas pesquisas divulgadas na última terça (16).

Em Duque de Caxias, onde o ex-prefeito Zito (PSDB) tem 49% das preferências e pode ganhar a eleição no 1º turno, Cabral participou de ato em favor do candidato à reeleição, Washington Reis (PMDB), e disparou: "Eu sugiro que ele mude o número de campanha para 171!", falou o governador sobre Zito, em referência ao artigo que tipifica o crime de estelionato, no Código Penal.

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Papai Noel, Anti-Multas e Abracadabra prometem realizar desejos dos eleitores cariocas

Dez anos depois de o Macaco Tião conseguir 400 mil votos e a terceira colocação da disputa pela prefeitura do Rio, os eleitores da cidade poderão escolher entre Papai Noel, Xica da Silva, Tarzan e Robin Hood, o rei dos bons ladrões, para uma vaga na Câmara Municipal.

Ao contrário de Tião, macaco do zoológico carioca que não tinha registro de candidatura no TRE, Tribunal Regional Eleitoral, e foi um voto de protesto, os votos dados a tais personagens da história e do imaginário popular não serão considerados nulos. Nas urnas eletrônicas do Rio de Janeiro, pelo menos 38 nomes curiosos como esses aparecerão com candidatura deferida entre os 1224 que se candidatam a vereador. É quase o suficiente para preencher as 51 vagas existentes para o cargo.

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Construtora baiana contribui com mais de R$ 1,2 milhão para candidatos do Rio

Entre os cinco candidatos mais bem colocados nas pesquisas, para a empreiteira baiana OAS Ltda, não importa quem vencerá a disputa pela prefeitura do Rio. Propriedade de César Mata Pires, genro do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, a empresa é a maior doadora desta campanha, com contribuições superiores a R$ 1,2 milhão divididos entre Eduardo Paes (PMDB), Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PCdoB), Fernando Gabeira (PV) e Solange Amaral (DEM).

O cálculo pôde ser feito com a divulgação da lista de doadores dos candidatos do PMDB e do PRB, nessa quinta-feira (18), mas permanece incompleta, porque o senador Marcelo Crivella não discriminou os valores recebidos por sua campanha.

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No Rio, novos candidatos tentam manter clãs familiares no poder

Pesquisa Ibope divulgada nessa quarta-feira (17) sobre a disputa para a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, município com a maior extensão territorial do Rio de Janeiro e maior produtor de petróleo do país, mostra que a família Garotinho pode emplacar dois candidatos nestas eleições.

Segundo a pesquisa, a ex-governadora Rosinha Garotinho (PMDB) permanece tecnicamente empatada com o pedetista Arnaldo Vianna, ainda que tenha obtido uma variação positiva. Ela, que aparece com 41% das intenções de voto, contra 34% de Vianna, é esposa do também ex-governador e presidente do diretório regional do partido, Anthony Garotinho.

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No Rio, Paes abre vantagem com queda de Crivella, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (18) mostra que, na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) saiu da zona de empate com Marcelo Crivella (PRB) e está 26% das intenções de voto, um ponto a mais do que na pesquisa anterior, de 6 de setembro. Crivella caiu de 21% para 18% e aparece tecnicamente empatado em segundo lugar com Jandira Feghali (PC do B), que oscilou de 12% para 13%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O candidato do PV, Fernando Gabeira, oscilou de 8% para 11% e também aparece em empate técnico com Jandira. Já Solange Amaral (DEM) variou de 7% para 5%.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lista de doadores divulgada por Jandira revela ligação com indústria naval

Com R$ 793,1 mil reais arrecadados, Jandira Feghali (PCdoB) divulgou na noite dessa quarta-feira (17), a relação dos doadores de sua campanha à Prefeitura do Rio. Na lista, sobressaem nomes ligados à indústria naval e de petróleo, como a construtora OAS, maior doadora individual da candidata, com dois aportes que totalizam R$ 400 mil, e quatro pessoas físicas atuantes no setor.

Até junho, a candidata exerceu o cargo de secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói, município que concentra os maiores estaleiros do Rio de Janeiro. O cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo também é ocupado por um correligionário de Jandira, Haroldo Lima. Outro comunista carioca, o deputado federal Edmilson Valentim foi autor de leis e emendas que beneficiaram a indústria petroleira e naval no estado, enquanto esteve à frente da Comissão de Minas e Energia da Assembléia Legislativa.

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Jandira reúne mil pessoas no Rio para pedir "debate na TV" e marcar virada na campanha

Sob o grito de guerra "democracia é pra valer, quero debate na TV", a candidata do PCdoB, Jandira Feghali, liderou cerca de mil pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar, numa passeata pela Avenida Rio Branco, da Candelária à Cinelândia, no fim dessa quarta-feira (17).

"Nós estamos fazendo essa primeira caminhada pelo centro, com a convicção da vitória, rumo ao 2º turno. Nós temos aqui um simbolismo feminino, porque nós organizamos isso como uma manifestação das mulheres e ela se ampliou para a caminhada que vai representar um novo momento de nossa campanha", explicou a candidata.

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Paes lidera entre candidatos com mais propaganda irregular

Com as sete toneladas de propaganda irregular recolhidas nos seis primeiros dias de ocupação das favelas, o TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, já apreendeu metade da quantidade do material retirados das ruas durante todo o período de eleições de 2006. Conforme o mapeamento realizado pelas equipes de fiscais, o candidato Eduardo Paes (PMDB) tem o maior número de irregularidades dentre os candidatos a prefeito.

Segundo o chefe de fiscalização eleitoral no estado, Luis Fernando Santa Brígida, a maior parte do material estava em situação ilegal por estar além da distância permitida das fachadas de prédios residenciais e muros.

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Candidatos do governador perdem na região metropolitana

Enquanto Eduardo Paes (PMDB) aparece com 27% e em primeiro lugar nas intenções de voto da capital, outros candidatos apoiados pelo governador Sérgio Cabral não conseguem despontar nos principais municípios da região metropolitana, segundo pesquisas divulgadas nessa terça-feira (16).

Na antiga capital do estado, Niterói, o ex-prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT-PRB-PR-PMN-PSDC-PV-PTB-PTdoB-PPS-PP-DEM-PSB) pode garantir a vitória já no 1º turno, com 50% das preferências, contra 18% de Rodrigo Neves (PT-PMDB-PCdoB-PSL-PTC-PRP-PSC-PTN-PRTB), candidato de Cabral. Gegê Galindo (PSDB) tem 8%, Paulo Eduardo (PSOL-PCB-PSTU), 4% e Edésio da Cruz Nunes (PHS), 1%.

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Alto número de indecisos deve decidir eleição no Rio

A pesquisa Ibope divulgada no último dia 12 de setembro aponta uma redução no número de eleitores indecisos no Rio de Janeiro, de 18% para 11%. Entre as maiores capitais do país, no entanto, o índice é alto, só não foi maior do que o de Belo Horizonte, com 20%. Ainda, assim, na pesquisa espontânea, em que o entrevistado deve dizer o nome de seu candidato sem consultar uma lista, os cariocas indecisos ainda somam mais de 40%.

O número é maior do que o alcançado pelo primeiro colocado, Eduardo Paes (PMDB), que chegou a 27% na pesquisa estimulada e teve resultado menor na espontânea. O candidato, porém, minimiza o resultado: "Em espontânea esse número é absolutamente normal. Não há qualquer fenômeno diferente nisso", declarou por meio de sua assessoria.

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Fiscalização de transporte alternativo divide candidatos no Rio

Na avaliação dos próprios candidatos, está difícil para os eleitores enxergar diferenças entre os 12 que concorrem à prefeitura do Rio. A regulamentação e fiscalização do transporte alternativo é uma exceção nesse cenário.

Durante caminhada no domingo (14), o senador Marcelo Crivella (PRB) aproveitou o tema para prometer a regularização fazendo contraponto com Eduardo Paes (PMDB), que "vai varrer do mapa" os motoristas de kombis e vans, segundo o peerrebista.

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

No Rio: em queda, Crivella ataca Paes

Em queda nas pesquisas de intenção de voto para prefeito do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB-PR-PRTB-PSDC) partiu para o ataque contra Eduardo Paes (PMDB-PP-PSL-PTB), adversário que o ultrapassou e para quem perderia no segundo turno, de acordo com a pesquisa Ibope divulgada na última sexta-feira (12).

"Atenção pessoal do transporte alternativo, vote em mim porque eu vou regularizar o trabalho de vocês. Se eleito, o Eduardo Paes vai varrer vocês do mapa", afirmou, do microfone, o senador, durante passeata na favela da Tijuquinha (zona oeste), neste domingo (14).

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O final só pode ser feliz para "Os Desafinados"


Dirigido por Walter Lima Jr., o filme Os desafinados (Brasil, 2006), ainda em cartaz nos cinemas, não diz a que veio. Se fosse apenas para escutar bossa-nova, mais valeria produzirem um documentário bem-feito ou guardar o preço do ingresso para comprar uma coletânea baratinha de Tom Jobim ou João Gilberto. Pelo menos eles cantam ou cantavam de verdade e sem falsete.

Como ficção, o filme não tem história. Suas mais de duas horas, exatos 128 minutos, parecem uma tortura durante as quais ninguém entende, afinal, o que o filme quer mostrar. A presença dos grandes atores brasileiros de sua geração – Cláudia Abreu, Rodrigo Santoro, Selton Mello – é a melhor tentativa para salvar o filme, mas sem sucesso, ainda que a culpa não seja deles.

Para completar, são muitos os erros de cena: a paisagem na janela do apartamento de Glória, em Nova York, que não condiz com a altura do prédio, além de ser completamente incompatível na alternância entre dia e noite da imagem; os cantores que não sabiam da existência do golpe e no minuto seguinte, mesma cena, discutem sobre a censura do Regime; ruas de Buenos Aires cheias de pedras portuguesas... O golpe de misericórdia chega com a dublagem musical de Cláudia Abreu, em falsete, e com a desnecessária dublagem do personagem Dico, que, mais velho, é encarnado por Arthur Kohl, mas recebe a mesma voz da juventude de Selton Mello.

Ao final, cenas de repressão durante a ditadura abandonam de vez o pretexto da Bossa-Nova para reviverem os "Anos Rebeldes", se não os reais, ao menos os da minissérie global. Na verdade, as cenas patéticas parecem entrar ali com o fim exclusivo de justificar diante do governo petista os milhões de reais de dinheiro público, via renúncia fiscal, que devem ter sido jogados fora ali.

Um final, exatamente por ser o final do filme, poucas vezes foi tão feliz.

sábado, 13 de setembro de 2008

Do Favela Bairro ao Cimento Social, veja propostas de candidatos para habitação no Rio

O déficit habitacional do Rio de Janeiro é de cerca de 800 mil imóveis. Após a Guerra de Canudos, em 1897, sem-teto ocuparam o Morro da Providência e nascia, aí, o conceito de favela. Segundo o Instituto Pereira Passos, 135 bairros cariocas abrigam 750 favelas, o que faz do controle da favelização a principal pauta de habitação entre os candidatos à prefeitura do Rio.

O UOL Eleições convidou o professor de planejamento urbano da PUC-Rio, professor Luis Madeira, para analisar as propostas dos candidatos para o tema.

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Paes chega à liderança e vence no segundo turno, diz Ibope

A quarta pesquisa do Ibope sobre a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, divulgada nesta sexta-feira (12), confirma a ascensão de Eduardo Paes (PMDB) sobre Marcelo Crivella (PRB). Com 27% das intenções de voto, Paes cresceu oito pontos em relação à pesquisa anterior, datada de 30 de agosto, enquanto o peerrebista oscilou de 24% para 23%. Considerada a margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

Jandira Feghali (PC do B) também registrou queda de um ponto e tem, agora, 9%. Fernando Gabeira (PV) oscilou um ponto para cima e marcou 6%. Assim, Gabeira ultrapassou Solange Amaral (DEM), que repetiu o índice anterior: 5%. Alessandro Molon (PT) dobrou suas intenções de voto e alcançou 4%. Os quatro aparecem empatados, dentro da margem de erro.

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10 dias depois, "Outdoor-estandarte" de Crivella reaparece na Linha Vermelha

Um dia após a apreensão de 500 quilos de propaganda política irregular pelo TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral, no Complexo da Maré, a 300 metros dali, em um terreno particular à margem da Linha Vermelha, sete suportes para outdoors permanecem com estandartes do candidato do PRB à prefeitura do Rio, senador Marcelo Crivella, e do vereador Jorge Pereira (PTdoB), que tenta a reeleição.

A presença do material já havia sido registrada pelo UOL no dia 2 de setembro, mas ele chegou a ser recolhido nesse dia "pelos mesmos caras que colocaram as faixas aí", de acordo com funcionários da prefeitura que cumpriam plantão em um reboque estacionado diante dos suportes. No final daquela mesma semana, porém, os "outdoors-estandartes" já haviam sido recolocados, de modo a serem visíveis por quem segue em ambos os sentidos da via expressa, que liga o centro do Rio à Baixada Fluminense e ao aeroporto internacional. Alguns se encontram exatamente sob refletores que ficam acesos à noite.

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Justiça apreende, em Magé, material de candidata que "enterrou" adversária

Candidata à reeleição, a prefeita de Magé, município da região metropolitana do Rio, Núbia Cozzolino (PMDB) é acusada do crime de coação eleitoral. Nessa quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpriu 44 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 110ª Zona Eleitoral, em postos de saúde, creches, escolas e na Secretaria de Educação, durante operação batizada de "Voto Sem Cabresto".

Apesar de não haver prisão, atas de reunião e recomendações de procedimentos especiais durante as eleições foram apreendidas. Com base nesses documentos, a PF e o Ministério Público Eleitoral (MPE) pretendem provar que Núbia tem coagido funcionários do município a fazer campanha pela reeleição dela e pelos candidatos a vereador da chapa "Por um novo amanhecer" (PMDB-PSL-PTC-PSDC-PSB-PP-DEM).

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Primeiro dia de ocupação foi sucesso, segundo TRE-RJ

O presidente em exercício do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Alberto Motta Moraes, em entrevista coletiva, no final da tarde desta quinta-feira (11), declarou não ter sido registrado qualquer problema nas comunidades de Rio das Pedras, Gardênia Azul e Cidade de Deus, além do Complexo da Maré, durante o primeiro dia de intervenção das Forças Armadas neste processo eleitoral.

"Cada local tem sua história, muita complicada, mas não houve problema nenhum, até porque, por estratégia das Forças Armadas, foram divulgadas com antecedência as áreas que isso ia ocorrer, o que fez com que criminosos e milicianos se afastassem", afirmou o desembargador, para quem a presença massiva de material irregular de campanha foi o mais impressionante.

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Pela segunda vez, candidato impede realização de debate no Rio

Candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro queixaram-se da postura de Paulo Ramos, que concorre pelo PDT e inviabilizou, pela segunda vez, a realização do debate, previsto para a noite desta quinta-feira (11), na TV Bandeirantes.

Em obediência à legislação eleitoral, o encontro, que ocorre simultaneamente nas maiores capitais do país, precisava da assinatura de Ramos em um termo de concordância com as regras do debate.

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Candidatos querem tornar Rio cidade mais acessível

As pessoas portadoras de necessidades especiais (PNEs) do Rio de Janeiro, que já tiveram duas deputadas cadeirantes como representantes políticas, têm seu voto disputado pelos que concorrem a uma vaga no legislativo municipal. A bandeira da acessibilidade é lembrada na propaganda eleitoral dos futuros vereadores, voltada não apenas para as PNEs, mas também para os idosos. Segundo o IBGE, 78% do total de idosos no estado estão concentrados na região metropolitana. Em Copacabana, 27,5% dos habitantes têm mais de 60 anos. Os desafios para facilitar o dia-a-dia deles foram comentados, nessa quarta-feira (10), pelos candidatos à prefeitura da cidade.

"Cerca de 15% da população carioca é portadora de algum tipo de deficiência", afirmou Eduardo Paes (PMDB). De acordo com o líder nas pesquisas de intenção de voto, "um exemplo gritante desse descaso é a insignificante quantidade de ônibus adaptados na frota do município: não chega a 1%. Em quatro anos de administração, espero ter adaptado de 5 a 10% da frota para os portadores de necessidades especiais. Construiremos cinco centros de reabilitação pública nos bairros de Santa Cruz, Realengo, Jacarepaguá, Irajá e Ramos. O acesso dessa população ao mercado de trabalho também faz parte da nossa preocupação. Daremos incentivos fiscais às empresas que ampliarem o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho. Faremos parcerias com universidades públicas e com o sistema S (Sebrae, Sesc, Sesi e Senai), para proporcionar qualificação e capacitação profissional", prometeu o peemedebista.

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Crivella, Paes e Jandira disputam apoio de Lula em encontro de turismo

No encontro com candidatos à prefeitura do Rio promovido pela Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav-RJ) e pala Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) no Copacabana Palace, durante a tarde dessa quarta-feira (10), os candidatos convidados, Marcelo Crivella (PRB), Eduardo Paes (PMDB) e Jandira Feghali (PCdoB) disputaram o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não economizaram nas críticas ao atual prefeito, Cesar Maia (DEM).

"Por que em Niterói não tivemos dengue? Por que, lá, criança não morreu de dengue? Porque lá tivemos parceria com o Governo Federal, com o programa Saúde da Família. Aqui no Rio, o que fizemos foi vaia no Maracanã, que só atende ao ego do prefeito", disparou o senador peerrebista, o primeiro a falar, em referência às vaias ao presidente Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos, em 2007. Em contrariedade à afirmação de Crivella, dados da Secretaria de Saúde de Niterói indicam um índice de 240 contaminados pra cada cem mil habitantes, em 2008.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Recomendação do TCM restringe liberdade orçamentária de futuro prefeito

Além das despesas com a manutenção da Cidade da Música, que tem aparecido em reclamações durante campanha, a verba para a educação prenuncia limites ao orçamento de quem assumir a prefeitura do Rio, em 2009. A recomendação do Tribunal de Contas do Município (TCM), que obriga o sucessor de Cesar Maia (DEM) a aplicar 25% do orçamento municipal em educação, de fato, foi debatida nessa terça-feira (9), na Câmara de Vereadores.

De acordo com o TCM, a atual administração utilizou parte dos R$ 576 milhões, recebidos do Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para integralizar os recursos destinados à educação, que, por determinação constitucional, devem ser de, no mínimo, 25% do orçamento do município, que é de R$ 5,7 bilhões.

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Programa Oriente-Ocidente em homenagem ao Egito

O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, em parceria com Consulado Geral da República Árabe do Egito, realiza no dia 23 de setembro a edição do Programa Oriente Ocidente em homenagem à terra dos Faraós, às 5pm, nos salões do FCC.

Integrando a programação do evento sobre o Egito, será inaugurada a exposição Reis do Egito - Akhenaton, Tutankhamon e Ramsés, que estará aberta à visitação de 23 a 26 de setembro. Ainda no dia 23, acontece a palestra Tutankhamon e seu Fabuloso Tesouro, apresentada por Marisa Castello Branco, filósofa e egiptóloga, com 40 anos de estudos sobre o Egito Antigo, e autora do livro "Do Egito Milenar à Eternidade". A palestra será sucedida pela apresentação de danças típicas árabes, no Salão Dourado.

O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ fica à Avenida Pasteur, nº250 – campus UFRJ da Praia Vermelha.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

"Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua"


(Apresentada à PUC-Rio, em junho de 2008)


Por 369 votos a favor e 197 contra, o Parlamento Europeu aprovou, em 18 de junho, a “Diretiva do Retorno”, lei de repatriação que, na prática, criminaliza a imigração ilegal e permite a prisão do imigrante por até 18 meses. Já ao longo da fronteira entre México e Estados Unidos, um muro é erguido para impedir a passagem não autorizada de pessoas do lado subdesenvolvido para o desenvolvido, da periferia para o centro. É também um muro que isola o estado israelense da Faixa de Gaza. Enquanto ali a cerca visa bloquear a entrada de terroristas, lá, embora exista esse mesmo receio, é a entrada de trabalhadores não-qualificados – sócios de um outro contrato social – que deve ser controlada. Em tempos de “guerra ao terror”, a alteridade é sinônima de medo. Neste sentido é que imigrantes apátridas, refugiados, prisioneiros à margem da lei, como os de Guantánamo, e mesmo vítimas do holocausto nazista encontram-se na figura do homo sacer, que serve de título à tetralogia do filósofo italiano Giorgio Agamben.

O homem sacro do direito romano, apresentado no primeiro livro – O poder soberano e a vida nua –, seria aquele sobre que a lei determinava sacer esto: um sujeito banido da convivência cívica, que podia ser morto impunemente por qualquer um, mas não podia ser sacrificado; isto é, sua morte não poderia realizar-se por meio de qualquer rito, seja ele religioso ou jurídico. Assim declarado por lei, é a figura apenada daquele que cometeu crime tão hediondo, tão socialmente inaceitável, que está além de qualquer punição. Nessa figura, segundo Agamben, o caráter sagrado teria sido aplicado a um ser humano, em si, pela primeira vez, mas com um sentido negativo, de maneira a impor ao sujeito um exílio em meio à civilização. O homo sacer, equiparado a propriedade dos deuses ínferos (o autor cita o filologista Károly Kerényi), perde sua condição de humano. Nesse contexto, por mais que conviva em sociedade, não integra classe ou condição de cidadão e não se lhe impõem direitos ou deveres civis, de modo que não poderia haver punição aquele que sequer lhe tirasse o direito à vida.

Ainda que tangencia a figura hindu do pária, o homo sacer diferencia-se por não ser, como na tradução daquele termo, “intocável”. A propósito das considerações do filósofo italiano, pode-se deduzir o risco da perda de identificação humana com um indivíduo ou grupo que, até então, era percebido apenas como inferior. Eis o horror automatizado do nazismo em relação ao povo judeu, que Agamben compara aos refugiados políticos da virada do século XX para o XXI e utiliza para contrapor duas variações, de origem grega, do significante vida: zoé (capacidade biológica de viver) e bíos (capacidade de convivência política). É, pois, o homo sacer, destituído de zoé, que ele relaciona à descrição da “vida nua” dos refugiados feita por Hannah Arendt em As origens do Totalitarismo. Menciona, ainda, que os judeus eram destituídos de sua cidadania alemã antes de serem enviados aos campos de concentração, para obter exemplar do ser humano a quem, ao menos temporariamente, era permitida a vida biológica, mas não a política.

Se a publicação original de O poder soberano e a vida nua, em 1995, permitiu apenas olhar o passado, no prenúncio de um futuro-presente, convém buscar paralelos com, por exemplo, o que o sociólogo Zygmunt Bauman traz, em 2007, no livro Tempos líquidos, a fim de encontrar a vida nua, hoje. Ela segue nas Narreschiffen de Foucault, “lugares sem lugar”, como os campos dos refugiados de Darfur ou do Afeganistão ou da Etiópia, na África, em bases militares da Europa ou ilhas do Pacífico, ao largo da costa australiana, de onde não podem sair por serem inaceitáveis (undecidables) mesmo para voltar à terra de onde vieram. Segue, também, no campo de prisioneiros de Guantánamo e na prisão de Abu-Ghraib, onde os presos estariam fora do alcance de qualquer jurisdição, nacional ou internacional. Todos, alienados dos chamados “Direitos Fundamentais”, “inalienáveis e imprescritíveis”, do Homem, uma vez que, na dita “aldeia global” – com seu livre trânsito de capitais e mercadorias – não se caracterizam enquanto cidadãos de um ou outro Estado de que se possam exigir direitos humanos ou civis. Sobra-lhes o “estado de exceção”.

Embora, em 2005, Agamben venha a escrever contra a legitimação do “estado de exceção” pela política antiterrorismo norte-americana, na segunda parte de Homo sacer, ele já perpassa esse conceito para definir o “poder soberano”, que decidia sobre a vida (zoé) e a morte na Roma Antiga e, no pós-11 de setembro, revela-se capaz de instaurar a violência a serviço dos próprios Direito e Estado. Ao permitir que se mantenha preso indefinidamente o estrangeiro suspeito de atividades que ponham em risco a segurança do país e, com isso, anular na prática o estatuto jurídico do indivíduo que se fundamenta na 4ª Emenda constitucional, o Ato Patriótico dos EUA vale-se de um suposto estado de necessidade para instaurar o estado de exceção, onde a norma geral deixa de ser aplicável enquanto permanece em vigor. Nesse ponto é que o livro vislumbra a manifestação contemporânea do contrato social hobbesiano, em que o soberano conserva um direito natural de “fazer qualquer coisa em relação a qualquer um”. Trata-se de um direito punitivo capaz de produzir um ser inominável e inclassificável, homo hominis lupus que, sem ser totalmente lobo ou totalmente homem, é banido à zona de indistinção.

Emergindo desse “não-lugar”, refugiados e apátridas passam às páginas finais do livro para encarnar a gangrena do corpo biopolítico que observa a transformação do “Estado territorial” em “Estado de população”, onde o “poder soberano” instrumentalmente alterna a proteção da vida com a autorização de seu holocausto por meio de técnicas políticas. Aí, podem-se encontrar as raízes teóricas do italiano, que passam por Carl Schmitt e Foucault. Com eles, Giorgio Agamben categoriza a figura do refugiado enquanto sujeito e objeto do Estado-Nação, que perpetua o sintagma ideológico de “solo e sangue” do nacional-socialismo nos campos que concentram refugiados no Reino Unido ou prisioneiros em Guantánamo, ou, ainda, no discurso eleitoral que marcou a disputa presidencial entre Jacques Chirac e Lionel Jospin – por uma legislação mais severa aos “estrangeiros em nosso meio” – e, mais tarde, elegeu presidente o ministro do Interior, filho de imigrante húngaro, que conteve as agitações de imigrantes nos subúrbios franceses em 2005, Nicolas Sárközy.

Se algo parece fora de lugar entre os mecanismos tradicionais que regulavam a inscrição do cidadão no Estado-Nação, a inserção da vida nua em seu ordenamento permite-se ceder à captura em uma “localização deslocante”, dependente da discricionariedade do “poder soberano”, conclui Agamben. Trata-se de uma separação entre os sentidos humanitário e político do ser humano, que põe em xeque essa sua própria condição e contamina mesmo a ação de organizações humanitárias, cujas campanhas de arrecadação de fundos para refugiados estabelecem uma solidariedade apenas com a vida sacra das vítimas, ou seja, matável e insacrificável. A relevância do texto encontra-se, aqui, no observar o quanto Ruanda repete-se pelo mundo.

Candidatos do governador são os que mais arrecadam no Rio

Se, na capital, Eduardo Paes (PMDB) lidera as pesquisas e a arrecadação de campanha, nos outros 15 municípios da região metropolitana do Rio os demais candidatos a prefeito apoiados pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) não têm conseguido reverter dinheiro em intenções de voto. Dos R$ 19,3 milhões que entraram nos caixas de campanha, no Grande Rio, 52,8% foram para prefeituráveis da base governista, de acordo com a segunda prestação de contas parcial apresentada ao TSE, Tribunal Superior Eleitoral, no sábado (6).

Dos R$ 10,2 milhões angariados por aliados de Cabral, R$ 4,3 milhões foram para a campanha de Paes, que lidera as pesquisas, com 25% das preferências, segundo o Datafolha. O valor é superior à soma de seus três adversários imediatos, Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PCdoB) e Fernando Gabeira (PV).

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Jandira: propostas para agradar do hip-hop ao "establishment" cultural

Acompanhada da atriz Tássia Camargo, do sambista Noca da Portela, do presidente da Fundação Biblioteca Nacional Muniz Sodré e do DJ Saddam, a candidata do PCdoB à prefeitura do Rio, Jandira Feghali, lançou seu programa de governo para a cultura, na noite desta segunda-feira (8).

Entre as propostas, Jandira prometeu elevar o orçamento municipal para a cultura de menos de 1% para 3% do total, o que equivaleria a quase R$ 300 milhões. Ela também pretende criar um "selo das casas que empregam músicos", que seria uma forma de incentivo fiscal para casas noturnas que contratam músicos para tocar ao vivo, além de um mercado popular de artesanato na zona portuária, da ampliação das lonas culturais e da reativação da Riofilme, empresa pública municipal "que não tem dinheiro", segundo a candidata, para cumprir funções de distribuição e produção de filmes.

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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

3ª Mostra Mundo Árabe de Cinema

de 8 a 14 de setembro de 2008

Centro Cultural São Paulo
Sala Lima Barreto – entrada franca
Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso: (11) 3383-3401/3402

Cine Sesc
Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César: (11) 3087-0500


Este ano, a Mostra Mundo Árabe trará alguns dos filmes mais aclamados na Seleção Oficial da Bienal de Cinema do IMA de 2006. A seleção, feita pela curadoria do IMA e do ICArabe, apresenta produções de origem libanesa, argelina, marroquina, tunisiana, egípcia, iraquiana, palestina, algumas delas com co-produções francesa, inglesa e canadense. O público se surpreenderá e se emocionará com o universo feminino em “Barakat!” e “Juanita de Tanger”; com o reencontro bem-humorado de amigos de uma trupe de teatro em “O ônibus”; com a triste perda que faz retornar às raízes familiares em “Littoral”.

Nos dois documentários premiados, o espectador encontrará a riqueza de opiniões e a diversidade dos jovens libaneses da atualidade em “Beirute: Verdades, mensagens e vídeos”, bem como o retorno de uma cineasta iraquiana ao seu país, onde se depara com a forte agressão diante da ocupação militar, em “Retorno ao País das Maravilhas”.

Além dos seis filmes da seleção da Bienal de 2006, teremos dois destaques: “Caramel”, que integra a caravana euro-árabe de 2008 do IMA. Novamente, o traço principal é o forte, e ao mesmo tempo delicado, universo feminino aos olhos da diretora e atriz libanesa, Nadine Labaki. Vale salientar que os filmes da Mostra não só abordam o universo feminino, como também nos apresentam o trabalho vigoroso de diretoras mulheres, como Djamila Sahraoui, Farida Benlyazid, Mai Masri, Maysoon Pachaci, Nadine Labaki.

A mostra trata de questões que permanecem atuais e apresentar ao público a atualidade da cinematografia dos países árabes, o que contribuirá para continuarmos a desfazer os estereótipos e mostrar a cultura árabe.




"Alienação e cultura: o ISEB", in Cultura brasileira e identidade nacional


(Apresentada à PUC-Rio, em maio de 2005)


Longe de consistir em um braço pensante do Ministério da Educação, o grupo de intelectuais que compunha o Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB formou um núcleo de pensamento da cultura pátria capaz de se distanciar da ideologia assumida em ações do Governo Kubitscheck. A essa idéia, apresentada no texto Alienação e cultura: o ISEB, Renato Ortiz soma uma detalhada descrição das fontes inspiradoras do grupo – o marxismo, a dialética hegeliana e o existencialismo de Sartre –, que uniram os conceitos de alienação e dominação colonial para conduzir à construção de um ideário nacionalista de cultura.


O que o núcleo formado por Roland Corbisier, Hélio Jaguaripe, Guerreiro Ramos, Nelson Werneck Sodré e Cândido Mendes, entre outros, pretendia era repensar o conceito de nação, revelando uma identidade própria que moldaria um rumo independente de desenvolvimento para o país. O contexto dessa linha teórica é o processo de descolonização afro-asiática, sobretudo a guerra de independência da Argélia, que foi acompanhada e serviu de base para o trabalho de Fanon, inspirador da idéia de que a tomada de consciência nacional só é possível com a ruptura do sistema colonial. Utilizando conceitos do próprio ISEB, pode-se dizer que a cultura brasileira, enquanto produto de uma sociedade colonizada, seria alienada e inautêntica, um “subproduto da cultura metropolitana”.


130 anos após o “grito de independência” do Brasil para com seu achador-colonizador, porém, quem seria a metrópole que se fazia refletir culturalmente nestas terras? O inimigo, nos tempos de JK, se encarnaria, certamente, no capital internacional que assumira o lugar de Portugal desde 1822. Nesse sentido, também não ajudava o controle social de uma elite que importava da Europa tudo o que pudesse ser considerado bom, a ponto de procurar transformar a capital do país em uma “Paris nos Trópicos”. É aí que o pensamento isebiano afasta-se ideologicamente das metas de desenvolvimento do Governo JK, sem, contudo, deixar de constituir-se em parte dele; residindo, nessa situação, uma dialética própria que serviria para reforçar a aura de liberdade e progresso histórico do período.


Enquanto Juscelino captava recursos com bancos estrangeiros e instalava, no país, multinacionais do automobilismo e da distribuição de combustível, o ISEB planejava uma “revolução”. O fortalecimento interno da economia, a auto-suficiência, a planificação e racionalização dos fatores de produção, bem como o desenvolvimento empreendido por meio da industrialização seriam as suas bases. Aqui se desfazem as contradições, porque se a postura internacional de JK era subserviente, ela o seria apenas o suficiente para lanças as bases de uma estrutura industrial que daria suporte à implantação do pensamento isebiano, irmão do ideário cepalino. Pelo menos teoricamente. Lembra-se que o próprio Marx via a ascensão do comunismo em uma Inglaterra industrializada, não em uma Rússia rural que não havia passado pela revolução mecanizadora.


Por mais, contudo, que o Brasil tenha crescido economicamente, durante a década de 50, tal progresso não se deu de forma compartilhada por toda a sociedade. O texto de Ortiz serve-nos como chave para compreender que nisso, talvez, o ISEB tenha falhado. E falhou, também, em substituir os símbolos do colonialismo internacional que se impunham na sociedade de consumo, impulsionada pelo welfare state de JK. Por mais que a antipropaganda de Décio Pignatari seja a prova de que a produção cultural do período tenha conseguido se firmar como um terceiro movimento modernista, capaz de expressar nossa nacionalidade de forma pontual, ela não impediu que uma simples Coca-Cola marcasse presença em nosso imaginário simbólico. Não, pelo menos, com o imediatismo esperado.


domingo, 7 de setembro de 2008

Paes diz arrecadar R$ 3 milhões e Crivella afirma estar no vermelho no RJ

Eduardo Paes (PMDB), que avançou 16 pontos percentuais desde 3 de julho segundo pesquisas Datafolha, declarou no último sábado (7) ter arrecadado R$ 3 milhões, o maior número entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro.

As campanhas tiveram até o último sábado (6) para fazer a segunda prestação parcial de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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No Grande Rio, candidatos são suspeitos de dar cachaça, remédio e dinheiro a eleitores

Candidatos da grande Rio serão investigados a partir desta segunda-feira (8) por denúncias de tentativa de compra de voto e outros crimes eleitorais.

De acordo com a promotora Paula de Castro Campanari, do MPE (Ministério Público Estadual), dez candidatos a vereador, cujos nomes não foram revelados, teriam oferecido entre R$ 20 e R$ 30 por voto.

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"O carnaval da tristeza: os motins urbanos do 24 de agosto", in Vargas e a crise dos anos 50

(Apresentada à PUC-Rio, em maio de 2005)

Em O carnaval da tristeza: os motins urbanos do 24 de agosto, Jorge Luis Ferreira procura colocar o povo no lugar que, quase sempre, lhe foi negado pelos livros de história. Mesmo presentes, nomes como o de Carlos Lacerda e de Gregório Fortunato não são protagonistas da história que Ferreira conta. Antes, ele aponta as massas que afluíram, naquela data de 1954, em protesto pelas ruas das principais cidades do país, como agente paralisador do golpe tramado pela UDN com apoio militar; adiando-o, ela sim, por 10 anos. Mais ainda, o escritor quer mostrar como a força com que essas massas manifestaram-se foram, ao mesmo tempo, produto e combustível para o mito Vargas, o do “pai do povo”, que persiste até hoje e do qual políticos de diferentes partidos querem se fazer herdeiros.
Se enquanto ditador Getúlio Vargas teve nas mãos o controle da imprensa e da produção cultural, enquanto Presidente eleito, a partir de 1950, os jornais, em poder da oposição conservadora, foram-lhe implacáveis. Na Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, Vargas era classificado como “caudilho, imoral e assassino”. Seria, ainda, taxado de “indigno” por O Estado de São Paulo e, da mesma forma, em O Globo, O Dia e nos títulos dos Diários Associados. Ferreira escreve que somente o jornal Última Hora permaneceu fiel ao Presidente, defendendo sua permanência pelo menos até as próximas eleições. Talvez para abrandar a percepção que se tornava comum: o mandato legitimado nas urnas pareceria ao povo menos legítimo que o anterior, alimentado pela intensa propaganda ideológica. O atentado da Rua Toneleros seria, nesse contexto, insuportável para imagem do Governo. Tanto, que chegaria ao fim dias depois, com o suicídio de seu líder, um ato simbólico que viraria tal cenário de ponta a cabeça.
O “sacrifício no altar da pátria” foi purificador para a imagem do Governo Vargas e avassalador para seus opositores, conforme aponta o autor. Bastou as rádios anunciarem o suicídio para que o “líder dos trabalhadores” assumisse de volta o lugar do “assassino” no ideário popular. Ruas e fábricas pararam e o que se viu foi a depredação de redações de jornais e sedes de partido que se identificassem com a oposição antitrabalhista. Aqueles que, desde 1950, tentavam derrubar o Governo passaram à condição de assassinos ou de inimigos do povo, para os quais, tal como em Brecht, a manifestação da maioria numérica seria paralisadora.
Valendo-se de trabalhos de Thompson, Mircea Eliade e Raoul Girardet acerca do imaginário coletivo e da construção de bens simbólicos, Jorge Luis Ferreira descreve os “motins populares” como manifestação de um trauma decorrente da ruptura de Vargas como bem simbólico apropriado pelas massas. A recuperação desse trauma dar-se-ia pela negação e conseqüente destruição dos bens que parecessem incorporar o seu oposto. Ilustrativo de tal pensamento seria o fato de a população ter aplaudido a unidade de choque da Polícia Especial que deveria controlá-la, saudando-a como “polícia do Getúlio”. Identificada com a causa daquele que a fundou, essa unidade policial não deveria ser combatida, mas acabar, até, segundo o texto, subvertida pelo povo, servindo a ele como verdadeiro companheiro e protetor ante a ameaça maior representada pela ação das Forças Armadas.
Como resposta ao dilema da Teoria da Comunicação que pretende avaliar se a imprensa reflete ou molda a opinião pública, os movimentos que se seguiram à morte de Vargas mostram como, até certo ponto, os dois pontos são verdadeiros. Se num primeiro momento os jornais conseguiram imprimir ao Governo a negatividade que o tornaria insustentável, após o 24 de agosto os motins urbanos levariam a imprensa a recuar, fazendo-a retratar-se e retratar Getúlio Vargas, no caso do próprio jornal de Lacerda, como “herói traído” em vez de caudilho traidor. Do mesmo modo, recuariam as forças prontas para dar o golpe udenista-militar. Aí se encontra, tal como na desmobilização da Polícia Especial, a subversão que caracteriza aqueles movimentos como um carnaval tal como o descrito por Darcy Ribeiro, período delimitado para suspensão da ordem e inversão das hierarquias, porém, marcado pela morte em vez do samba.

sábado, 6 de setembro de 2008

Risos e reflexões em “A Rainha”: o público vs. o privado

(Publicado em abril de 2007 pelo NEO - Informativo Eletrônico do Centro Cultural de Laranjeiras)

Já em DVD, o filme A Rainha (The Queen; Inglaterra, 2006) não é o melhor filme que alguém possa assistir por diversão. Embora também ofereça alguma diversão, o que o torna grande não é sequer sua qualidade, mas uma reflexão que tangencia e, às vezes, ignora (quando não contradiz), sobre o público e o privado.

Incomodou-me perceber, no cinema, as reações de alguns poucos, embora ruidosos, expectadores. Gente que soltava um risinho de triunfo a cada vez que H.M. Elizabeth II, representada com excelência pela candidata favorita ao Oscar, Helen Mirren, aparentava sofrer um revés. Tornou-se claro, para mim, que tais pessoas procuravam estabelecer um confronto, inexistente no filme, entre as figuras da rainha e de Lady Diana Spencer (não mais Princesa de Gales). E o que isso representa? À parte, os méritos e limitações próprios das duas, por razão de sua humanidade, a vilanização da soberana britânica diante de Diana deve-se a bem mais do que à "inversão de valores" lamentada por aquela, no filme. O conflito dá-se, ali, entre a percepção valorativa que se dá entre o que é público e privado.

Em nossa sociedade midiática, a massa valoriza aqueles que se expõem, por maus ou bons motivos, às vezes sem fundamento, apenas por se expor. É a lógica do Big Brother, do Star System, das celebridades instantâneas preconizadas por Warhol. No Brasil, programas sociais buscam formar artistas de tv e esportistas, porque ser o melhor profissional em um trabalho comum não subtrai a juventude da lista de delinqüência. Longe de mim querer fazer uma análise sociológica sobre tema tão batido, ela explica as comparações que as pessoas fazem entre as personalidades contemporâneas, estendendo-as a suas relações cotidianas, no trabalho, na universidade, na família.

Quem se acostumou com a figura do Papa pop, João Paulo II, muitas vezes, acaba por torcer o nariz ao circunspecto (como se fosse ruim sê-lo), porém genial e prudente, Bento XVI. Do mesmo modo, quem teve alimentado seus sonhos de um duplamente real conto de fadas na figura da jovem, bela e plena de glamour de Diana (com "sangue azul" desde o nascimento, filha do 8º Conde Spencer, Visconde de Althorp), pode, naturalmente, demonstrar sua insatisfação com figura solene e estóica de Elizabeth Windsor.

O mérito de "A Rainha" encontra-se, ao mostrar a intimidade da realeza, com suas angústias e simples humanidades, na revalorização de Elizabeth II e de tudo o que representa. Tendo assumido o reino aos 25 anos, com a renúncia do tio e a morte prematura do pai, ela enfrentou, ainda princesa, os bombardeios alemães sobre a capital inglesa, sem atender, com a família, os pedidos para que se refugiassem no interior do país. Junto com Elizabeth Bowes-Lion, sua mãe, a Rainha Mãe, Elizabeth II permaneceu como símbolo da luta que unia (e ainda une) os britânicos, foi mecânica na 2ª Guerra, voluntária na assistência pública, devota à família e à fé. Antes da ascensão de movimentos ambientalmente radicais, demonstra preocupação e carinho com os animais, com a moderada ação de quem respeita as opiniões e direitos alheios. Na comparação com Diana, ela perde em exposição, porque não se preocupa com isso. Os valores que defende e representa, são a defesa da privacidade, a sabedoria estóica adquirida com o tempo, a nobreza que não se confere por títulos, mas se confirma, no dia-a-dia da gente comum, em dedicação ao trabalho, cumprimento das obrigações, demonstração de afeto desinteressado ao próximo, senso de dever, justiça, pureza e lealdade.