No dia 14 de abril, a Academia Brasileira de Letras (ABL) inaugurou uma exposição de pinturas do artista plástico holandês Leo Fisscher, sob a curadoria de Carlos Dimuro. Gratuita, ela permanece aberta ao público até o dia 3 de maio, na Galeria Manuel Bandeira, no Centro Cultural da ABL.
Conheça um pouco mais sobre esse pintor abstrato e fotógrafo:
Desde a chegada ao Brasil, a obra pictórica desse artista holandês passou por variadas modificações. A mais evidente é a luminosidade das cores. Nesse particular, pode-se dizer que as pinturas abstratas de Fisscher, em contato com as fortes e exuberantes cores do Brasil, ganharam novas dimensões. E também sensualidade em suas formas e contornos.
Leo Fisscher, como todo artista holandês, conviveu e convive, direta e indiretamente, com a obra de um dos grandes artistas daquele país: Mondrian. A Holanda dá importância à essência da cor e ao geometrismo nela inserida, pois até mesmo a forma da principal flor, a tulipa, tem tal plasticidade que difícil é não se render à sua magnitude. Pois vivendo agora em dois mundos de culturas completamente opostas, Brasil e Holanda, Leo Fisscher praticamente uniu a austeridade genética ao aspecto sensual-tropical, resultando dessa junção, uma pintura de linguagem abstracionista, que muitas vezes aproxima-se da realidade, mas dela vai se distanciando à medida que o autor utiliza o gestual, criando texturas espessas, fortes, de sutis e profundas reflexões em torno da própria pintura.
Dessa maneira, ele capta o instante mágico da criação, formas e cores de um lado, sentimentos e emoções do outro, sem que esses aspectos não possam definir a essência da obra. O jogo existente entre linhas e cores revela, antes de tudo, que Leo Fisscher sabe harmonizar sua obra no sentido de ela ser ao mesmo tempo abstrata e óptica.
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